História do Dia da Mãe
As mais antigas celebrações do Dia da Mãe estão ligadas à comemoração do início da Primavera, na Grécia Antiga, na qual se honrava a Mãe dos Deuses - Rhea. Na mitologia grega, Rhea foi a mãe de Zeus e irmã de Kronos, considerada como uma das mais influentes deusas em Creta, Arcadia e Phrygia. Assim como a deusa Gaia, Rhea seria também considerada a mãe de todos os Deuses.
Por seu turno, em Roma, as festas comemorativas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cybele, a mãe dos deuses romanos. O dia dedicado a esta deusa foi criado cerca de 250 anos antes do nascimento de Cristo.
Durante o século XVII, a Inglaterra celebrava no 4º Domingo da Quaresma (os 40 dias antes da Páscoa) um dia chamado "O Domingo da Mãe", dedicado a todas as mães inglesas. No Domingo da Mãe, aos trabalhadores era mesmo concedido um dia de folga e estes eram encorajados a regressar a casa e passar esse dia com a sua mãe.
O Cristianismo instituiu a festa da "Igreja Mãe", verdadeira força espiritual capaz de proteger os homens de todos os males. Habitualmente, esta festa da Igreja fora sendo associada também à celebração do "Domingo da Mãe".
Nos Estados Unidos, as comemorações do Dia da Mãe foram sugeridas, pela primeira vez, por Julia Ward Howe e suas colegas no ano de 1872, que se uniram para lutar contra a guerra e, segundo elas, o Dia da Mãe seria um dia de paz.
O verdadeiro Dia da Mãe está associado a Anna Jarvis, que aos 41 anos de idade perdera a sua mãe. Tal como a sua irmã Elisinore, sentiu uma grande e irremediável perda o que as levou a reflectir sobre o facto de não existirem demonstrações concretas de apresso para com as mães.
Anna Jarvis decidiu fazer algo, na esperança de que a celebração de um dia dedicado à Mãe iria estimular a estima e consideração dos filhos para com os seus pais, para além de incentivar os laços familiares.
Mas foi em 1907 que Anna empreendeu o esforço necessário à instituição do Dia da Mãe. Com a ajuda de seus amigos, empreendeu uma campanha por correio com vista a obter apoio de congressistas, políticos influentes e personalidades da sociedade norte-americana, com o objectivo de ser oficialmente declarada uma data comemorativa do Dia da Mãe.
Os seus esforços não tiveram o efeito desejado, e foi a 10 de Maio de 1908 que, pela primeira vez, numa cerimónia religiosa, Anna Jarvis honrou sua Mãe.
Para embelezar a cerimónia foram utilizados cravos vermelhos, a flor favorita da mãe de Anna. Desde então, os cravos vermelhos converteram-se no símbolo da mães em vida e os cravos brancos o símbolo das mães que já partiram.
A primeira proclamação do Dia da Mãe deu-se três anos depois, em 1910, instituída pelo Governador do Estado da Virgínia, Estados Unidos. Um ano depois, o Dia da Mãe foi a pouco e pouco sendo comemorado em todas as partes do mundo, desde o México, Canadá, Japão, no Continente Africano e na América do Sul.
Em Dezembro de 1912 foi criada a Associação do Dia Internacional da Mãe com vista à promoção generalizada desta efeméride tão especial em todo o mundo.
Em Portugal, o Dia da Mãe foi comemorado até à bem pouco tempo, no dia 8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, a Padroeira de Portugal. Também o Dia 13 de Maio é ainda hoje associado às comemorações da Mãe. Porém, actualmente foram instituídas as comemorações do Dia da Mãe, no primeiro Domingo do mês de Maio.
O dia das mães no mundo
- Portugal e África do Sul: 1º Domingo de Maio
- Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Dinamarca, EUA, Finlândia, Itália, Japão, Turquia e outros: 2º Domingo de Maio
- Argentina: 2º Domingo de Outubro
- Espanha: 8 de Dezembro, dia em que se homenageia a Virgem Maria
- França e Suécia: último Domingo de Maio
- Índia: início de Outubro
- Iugoslávia: 2 semanas antes do Natal
- Líbano: 1º dia da Primavera
- Noruega: 2º Domingo de Fevereiro